É mais um dia na floresta cimentada,
E as criaturas humanas já executam os primeiros
acordes de uma sinfonia inacabada.
Ouço o ronco dos motores e os berros das buzinas,
São os guerreiros que se preparam para a batalha de
cada esquina.
Na via sacra do nosso itinerário,
Contracenamos com uma multidão nas calçadas.
São as mesmas cenas...
Olhares aflitos, mentes estressadas;
Menores aos montes, bocas enfumaçadas;
Pálidos semblantes, vidas desbotadas.
É mais uma noite, se acendem os faróis.
Seduz-me o brilho das fachadas.
Sinto nos pés o trepidar das avenidas eletrizadas.
É assim a engrenagem urbana, somos todos peças desta trama,
Elos desta frágil corrente, partículas desta vida presente.
W.X.
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