O cientista inglês F. David Peat, depois de um trabalho longo e intensivo em física teórica, colocou a novamente em dúvida a visão científica unilateral do mundo até agora em voga. Disse ele:
“Nós construímos nossa vida e nossa civilização sobre uma ilusão; a ilusão de que o eu é a última realidade; de que vir a ser é mais importante do que ser; de que o progresso contemporâneo e finito é mais importante que os ciclos infinitos muito mais sutis; de que a realidade superficial das coisas é mais significativa que a ordem oculta em que ela se baseia.”
As leis mecanicistas não são suficientes para descrever os acontecimentos complicados da vida. Qual é a energia misteriosa que no processo de evolução dirige a energia para a matéria, transformando a vida em consciência? Qual é a força que dirige o trabalho das abelhas? E qual a força oculta que age na matéria inorgânica, levando certos metais, por exemplo, a tornarem-se supercondutores onde qualquer resistência elétrica desaparece. São exemplos de fenômenos não explicáveis casualmente pelo comportamento dos elétrons ou átomos individuais.
Eles são a expressão de uma ordem muito mais profunda. Desde que não conseguiu mais descrever tais fenômenos como casuais ou lineares, a ciência procura outros caminhos. Ilya Prigogine, físico-químico e prêmio Nobel, desenvolveu a teoria da “estrutura inerente”, que procura explicar muitos fenômenos vitais que seguem uma ordem interior; visão similar a do físico David Bohm, cujo conceito sustenta a existência de uma “ordem implícita ou inerente”, uma rede inata que une a realidade física á metafísica.
“Tudo está em tudo. O que está em embaixo é como aquilo que está em cima. A vida não tem começo nem fim, nem nascimento nem morte”. Axioma de Hermes Trismegistus
Extraído do livro "Do Infinito ao Homem" by Wanderley Xavier
Extraído do livro "Do Infinito ao Homem" by Wanderley Xavier
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